Adaptações

Acordai

Acordai!

Acordai homens que dormis,

a embalar a dor, a embalar a dor

dos silêncios vis,

vinde no clamor das almas viris

arrancar a flor que dorme na raiz!

 

Acordai!

Acordai raios e tufões

que dormis no ar, que dormis no ar

e nas multidões, 

vinde incendiar de astros e canções,

as pedras e o mar, o mundo e os corações!

 

Acordai!

Acendei de almas e de sóis

este mar sem cais, este mar sem cais

nem luz de faróis 

e acordai depois das lutas finais

os nossos heróis que dormem nos covais!

 

Acordai!

Adeus da Primavera

1ª parte da música

Andorinha de asa negra, onde vais

Que andas a voar tão alta

Leva-me ao céu contigo, vá

Que eu lá de cima digo adeus ao meu amor

 

Ó Andorinha, da Primavera

Ai quem me dera também voar

Que bom que era, ó Andorinha

Da Primavera também voar.

2ª Parte da Música

Adeus dissemos,

E nada mais d’então ficou

De asas quebradas,

Foi a ave branca que voou

Voa lá alto que eu morro, bem sei, sem voltar

Cantem as aves do monte que eu fui ver o mar

 

3ª Parte da Música

Ai, não sei de mim

Ai, não sinto nada

Ai, e nem voltei

Barbeiro de Sevilha

Canção de Embalar

Estrofe 1

Dorme meu menino, a estrela d’alva

Já a procurei e não a vi,

Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será p’ra ti

Outra que eu souber será p’ra ti

 

Refrão:

Oh, oh, oh, oh, oh, oh

 

Estrofe 2:

Outra que eu souber na noite escura,

Sobre o teu sorriso de encantar,

Ouvirás cantando nas alturas,

Trovas e cantigas de embalar,

Trovas e cantigas de embalar.

 

Refrão

Estrofe3:

Trovas e cantigas muito belas,

Afina a garganta meu cantor,

Quando a luz se apaga nas janelas,

Perde a estrela d’alva o seu fulgor,

Perde a estrela d’alva o seu fulgor.

 

Refrão

 

Estrofe 4:

Perde a estrela d’alva pequenina,

Se outra não vier para a render,

Dorme que ainda a noite é uma menina,

Deixa-a vir também adormecer,

Deixa-a vir também adormecer.

 

Refrão

 

Oh Oh, Oh Oh, Oh Oh, Oh Oh, Oooooh

Canção de Lisboa

Lisboa, terra que me encanta

Terra das cantigas, e dos arraiais

Lisboa, onde tudo canta

Desde as raparigas, até aos pardais

Cidade jardim, que o Tejo azul vem beijar

Uma saudade sem fim de te deixar

Cidade de amor, tudo em ti prende e seduz

Até o céu tem mais cor, e o Sol mais luz

Alegre como um pregão, acordas sempre a cantar

E é linda a canção, do teu despertar

Em graça e esplendor, não tens no mundo rival

Lisboa querida, és a flor, de Portugal

 

Vais ver ó leitão

No teu exame final

Vais ficar mal, mandrião

Vais ficar mal

Canta ó leitão

Este fado que é o teu

O mastoideu mandrião

O mastoideu

 

Olha o balão, na noite de São João

Para não andar maçado da pequena me livrei

Ó-i-ó-ai, não sei com quem ela vai,

Cá para mim estou governado, com uma outra que eu cá sei

Olha o balão, na noite de São João,

Para poder dançar bastante com quem tenho à minha espera 

Ó-i-ó-ai, pedi licença ao meu Pai,

E corri com o meu estudante, que ficou como uma fera



Ó-i-ó-ai, fui comprar um manjerico

Ó-i-ó-ai, vou daqui pró bailarico

E tenho um gaiato aqui dependurado

Que é mesmo o retrato do meu namorado

Tenho uma gaiata aqui dependurada

Que tem mesmo a lata, lá da namorada

 

Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Vem cá minha agulha, tão meiga e tão fina

Pintar os teus lábios de açúcar pilé

Dedal não me enganas, sou esperta e ladina

E mais retorcida, que este croché…

 

Ai chega, chega, chega, chega ó minha agulha

Afasta, afasta, afasta, afasta ó meu dedal

Brejeira, não sejas trafulha

Ó bela vem cozer o avental…

(interacção solista e paizinho)

… do amor

 

Ai chega, chega, chega, chega ó minha agulha

Afasta, afasta, afasta, afasta ó meu dedal

Brejeira, não sejas trafulha, oh não…

És a mais bela fresca agulha em Portugal

 

Senhoras tão encantadoras

Tanta simpatia venho agradecer

Senhores se tiverem dores

Uma pneumonia, trato-os com prazer

 

Lisboa já tem agora em mim um doutor

Para além de sábio também sou inventor

Cá estou para os ver para os injectar para os abrir

Para os retalhar e coser sempre a sorrir

 

A minha satisfação o meu calor e prosápia

Estão nesta minha invenção: alegroterápia

Curar a valer não é pra mim conseguir

E então morrer por morrer que seja a rir

Canção de Noivado

Estrofe 1:

Todas nós temos na vida

Uma ilusão mais querida, uma ilusão de amor

Uma esperança mais formosa,

Um sonho cor de rosa, tão encantador

 

Também eu vivo a sonhar

E vejo-me a passar, entre a multidão

Quando um dia me casar

Saíndo com o meu par, cheia de emoção.

 

Pombas lindas às centenas vejo a esvoaçar, pelo azul do céu

Da cor das açucenas e do meu véu

Julgo às vezes que é verdade e chego a acreditar

Que o bom Deus me diz

Que o meu sonho é realidade, que eu vou ser feliz

 

Refrão:

Tem quantos, encantos,

Sonhar castelos no ar,

Dormir e não acordar,

Quem dera

Viver no falso ideal

De uma quimera…

Passar o dia a sonhar.

Estrofe 2:

Logo após o casamento

Eu sonho aquele momento ideal para nós 

Ai que lindos enlaçados,

Feitos namorados, para longe sós 

 

Num ambiente de ventura,

De paz, de ternura e de solidão 

Entre sombras de arvoredo

Um beijo dado a medo e imagino então 

 

Um aroma embriagador da Primavera em flor, embalsa no ar 

Nesse jardim de amor que vejo a sonhar 

E ele o meu apaixonado eu vejo ajoelhado

Bem junto a mim 

Confessando-se elevado, numa paixão sem fim.

 

Refrão

 

Refrão

(subida de tom)

Casa Portuguesa

Estrofe 1:

Numa casa portuguesa fica bem

Pão e vinho sobre a mesa

Quando à porta humildemente bate alguém

Senta-se à mesa com a gente

 

Fica bem essa franqueza, fica bem

Que o povo nunca a desmente

A alegria da pobreza está nesta grande riqueza

De dar e ficar contente

 

Refrão:

Quatro paredes caiadas

Um cheirinho a alecrim

Um cacho de uvas doiradas

Duas rosas no jardim

 

Um S. José de Azulejo

Sobre o Sol da Primavera

Uma promessa de beijo

Dois braços à minha espera

É uma Casa Portuguesa com certeza

É com certeza uma Casa Portuguesa

Estrofe 2:

No conforto pobrezinho do teu lar

Há fartura de carinho

A cortina da janela e o luar

Mais o Sol que gosta dela

 

Basta um pouco poucochinho p’ra alegrar

Uma existência singela

É só amor, pão e vinho, e um caldo verde, verdinho

A fumegar na tigela

 

Refrão

 

É uma Casa Portuguesa com certeza

É com certeza uma Casa Portuguesa

E Depois do Adeus

Estrofe 1: 

Quis saber quem sou 

O que faço aqui 

Quem me abandonou

De quem me esqueci 

Perguntei por mim Quis saber de nós

Mas o mar não me traz tua voz.

 

Estrofe 2:

Em silêncio, amor

Em tristeza e fim

Eu te sinto, em flor

Eu te sofro, em mim

Eu te lembro, assim

Partir é morrer

Como amar

É ganhar

E perder.

 

Estrofe 3:

Tu vieste em flor

Eu te desfolhei

Tu te deste em amor

Eu nada te dei

Em teu corpo, amor

Eu adormeci

Morri nele

E ao morrer

Renasci.

Estrofe 4:

E depois do amor

E depois de nós

O dizer adeus

O ficarmos sós

Teu lugar a mais

Tua ausência em mim

Tua paz

Que perdi

Minha dor

Que aprendi.

De novo vieste em flor

Te desfolhei…

E depois do amor

E depois de nós

O adeus

O ficarmos sós.

Entrudo

Estrofe 1 (só vozes):

Oh Entrudo, oh Entrudo,

Oh Entrudo chocalheiro,

Que não deixas assentar

as mocinhas ao soalheiro.

Eu quero ir para o monte,

eu quero ir para o monte,

Onde não veja ninguém,

que no monte é que eu estou bem.

 

Instrumental

 

Estrofe 2:

Estas casas são caiadas,

estas casas são caiadas,

Quem seria a caiadeira,

quem seria a caiadeira,

 

Foi o noivo mais a noiva,

foi o noivo mais noiva,

Com ramos de laranjeira,

quem seria a caiadeira.

Instrumental

 

Ponte:

Oooooooh!

 

Estrofe 3:

Pelo mar abaixo vai uma panela,

Se ela leva vinho, vamos atrás dela.

Pelo mar abaixo vai um paspalhão,

Com um arado às costas, semeando o pão

Fado do Estudante

Estrofe 1:

Que negra sina ver-me assim,

Que sorte vil, degradante.

Ai, que saudade sinto em mim,

Do meu viver de estudante.

 

Refrão 1:

Nesse fugaz tempo de amor,

Que dum rapaz é o melhor,

Era o audaz conquistador das raparigas.

De capa ao ar, cabeça ao léu,

Só para amar vivia eu…

Sem me ralar, e tudo mais eram cantigas…

 

Estrofe 2:

Nenhuma delas me prendeu, 

Deixá-las eu era canja, 

Até ao dia em que apareceu 

Essa traidora de franja.

 

Refrão 2:

Sempre a tinir, sem um tostão, 

Batina a abrir por um rasgão, 

Botas a rir, um bengalão, e ar descarado, 

A vadiar com outros mais 

E a dançar p’los arraiais, 

Para namorar, beber, folgar, cantar o fado

 

Estrofe 3:

Recordo, agora, com saudade 

Dos calhamaços que eu lia, 

Dos professores da faculdade, 

E da mesa de anatomia.

Refrão 3:

Invoco em mim recordações 

Que não têm fim, dessas lições 

Frente ao jardim do velho Campo de Santana, 

Aulas que eu dava, e se eu estudasse, 

Ainda andava nessa classe 

A que eu faltava sete dias por semana.

 

Estrofe 4:

O fado é toda a minha fé, 

Embala, encanta, inebria, 

Pois chega a ser bonito até 

Na rádio telefonia.

 

Refrão 4:

Quando é tocado com calor, 

Bem atirado e a rigor, 

É belo o fado, ninguém há quem lhe resista.

É a canção mais popular, 

Tem emoção, 

Faz-nos vibrar… 

E eis a razão de ser doutor e ser fadista!

Janeiradas

Introdução

 

Estrofe 1:

Ó senhor Manel

Veja se é capaz

De abrir o tonel, ricócó

Cá para o rapaz

 

As suas cachopas

Querem nos pendilhos

Fecharam-se em copas, ricócó

Só lhes deram figos

 

Refrão:

Ó sim, sim dê-nos Janeiradas

Ricócó moças recatadas

Ó sim, sim dê-nos janeiras

Ricócó meninas solteiras

 

Estrofe 2:

Ó menina Céu

A si nada falta

De perninha ao léu, ricócó

Deixa tonta a malta

E o que está no tacho

Nunca se recusa

Nem o que está debaixo, ricócó

Da sua blusa

 

Refrão

 

Interlúdio

Estrofe 3:

Sra. Maria

Saia lá do poiso

Vamos não se ria, ricocó

Que eu quero é coiso

 

Coiso já se vê

Que tenho quentinho

Riem-se de quê, ricocó

Eu quero é vinho

 

Refrão

 

Estrofe 4:

Ó povo em geral

Tenham lá maneiras

Não é Carnaval, ricócó

São só janeiras

 

Abram os portões

E que fique assente

Que nestas funções, ricócó

Quem manda é a gente

 

Refrão 2x

Lisboa à Noite

Estrofe 1:

Lisboa adormeceu, já se acenderam

(Acenderam mil velas nas colinas)

Mil velas nos altares das colinas.

Guitarras, pouco a pouco, emudeceram,

(Emudeceram, cerraram, pequeninas)

Cerraram-se as janelas pequeninas.

Lisboa dorme um sono repousado,

(Lisboa dorme um sono repousado)

Nos braços voluptuosos do seu Tejo,

Cobriu-a a colcha azul do céu estrelado

(E a brisa veio)

E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo.

 

Refrão:

Lisboa andou de lado em lado,

Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu.

Lisboa ouviu cantar o fado,

Rompia a madrugada,

quando ela adormeceu.

Estrofe 2:

Lisboa não parou a noite inteira,

(Noite inteira, boémia, mas bairrista)

Boémia, estouvanada, mas bairrista,

Foi à sardinha assada, lá na feira,

(Lá na feira, e à duma Revista)

E à Segunda sessão duma Revista.

Dali p’ró Bairro Alto enfim galgou,

(Dali p’ró Bairro Alto enfim galgou)

No céu, a lua cheia refulgia,

Ouviu cantar a Amália e então sonhou

(Qu’era a saudade)

Qu’era a saudade, aquela voz que ouvia.

 

Refrão (x2)

Marcha do Zé Povinho

Refrão:

Pst Pst …Olh’ó Zé Povinho

Sai do rebanho d’ovelhas

Tem atenção ao caminho

Não deixes que façam ninho

Atrás das tuas orelhas

Tens de tirar o badalo

Do teu peito dar um grito

E como manda o Bordalo

Fazer com todo um regalo

Um gigantesco manguito

 

Estrofe 1:

Rosnam alto ditadores

Cantam falsos democratas

Mas tu suportas as dores

Todos os frios e calores

Doenças e burocratas

Podes ser Zé do Telhado

Ou a Maria da Fonte

Revolta de maltratado

Que nunca foi ensinado

Na escola de monte em monte

 

Refrão

Estrofe 2:

Padeira d’Aljubarrotas

A enfornar castelhanos

Marujo de muitas rotas

A costurar velas rotas

E a conquistar Oceanos

Deixam-te ser Estivador

Com força domesticada

Chamam-te caro eleitor

Mas depois de tu ires pôr

Ficas na curva da estrada

 

Refrão

 

Refrão só vozes

 

Fadista:

E como manda o bordalo

Fazer com todo o regalo

Um gigantesco manguito

O Jogo

Os Tomates

Estrofe 1:

Na minha terra há uma feira semanal,

E toda a gente lá vai vender e comprar,

Eu vendo fruta e aí é que está o mal

Pois toda a gente me a quer vir apalpar

Eu vendo fruta e aí é que está o mal

Pois toda a gente me a quer vir apalpar

Ai os tomates

 

Refrão:

Não me apalpem os tomates

Senão ficam marmelados

Se mexerem na cenoura,

no pepino ou na banana

Tem de ser com mil cuidados.

Ai os tomates.

 

Estrofe 2:

Há uma menina que lá vai sempre comprar

Ela trabalha lá em casa dos patrões,

À desgarrada apalpa-me a fruta toda,

Um dia destes ainda lhe apalpo os limões.

À desgarrada apalpa-me a fruta toda,

Um dia destes ainda lhe apalpo os limões.

Refrão

 

Refrões público

 

Último Refrão:

Não me apalpem os tomates

Senão ficam marmelados

Se mexerem na cenoura,

no pepino ou na banana

Tem de ser com mil cuidados.

Rapariga

Estrofe 1:

Lá na aldeia donde sou

Não perdoam às raparigas

Se uma o olho me piscou 

Mete-me logo em intrigas.

 

Dou-lhe 2 ou 3 beijinhos

E vai de bater o pé

Eu não quero mexericos

E assim mesmo é que é

Eu não quero mexericos 

E assim mesmo é que é.

 

Refrão:

Ai rapariga

Se fores à fonte

Vai p’lo carreiro

Que chegas lá mais depressa

Ai tem cuidado

Com os rapazes

Doidos por ti

Vê lá se algum tropeça

 

Estrofe 2:

No outro dia a Rosita 

Que é baixinha e intrigueira 

Foi ao baile com o António 

Andaram na brincadeira.

 

E agora já namoram 

E é tão bom de ver, ai é 

Qualquer dia hão-de casar 

E assim mesmo é que é

Qualquer dia hão-de casar 

E assim mesmo é que é

Refrão

 

Estrofe 3:

Esta vida são dois dias 

Diz o povo e tem razão 

E se é assim tão pouco tempo

Vou gozá-lo até mais não.

 

E se encontro a minha amada

Sorridente cheia de fé 

Vou levá-la ao altar 

E assim mesmo é que é

Vou levá-la ao altar 

E assim mesmo é que é

 

Refrão

 

Refrão só vozes

 

Final:

Ai rapariga, rapariga

Rapariga, rapariga

Ai rapariga, rapariga

Tem cuidado 

Ai rapariga, rapariga

Rapariga, rapariga

Ai rapariga 

E assim mesmo é que é

Revista

Estrofe Solista:

Quando o pano sobe

E o espectáculo começa

Lembro-me de ti, Ivone!

 

Éramos artistas,

Fazíamos revista,

Num teatro qualquer,

E era noite no Parque Mayer

E era noite no Parque Mayer

 

Apagavam-se as luzes

Vazio o coração

Lembras-te Ivone, da nossa canção?

 

Refrão Solista:

Revista! Venham à Revista

Quero rir quero ver,

dêem-me todo o palco

Eu quero arder.

 

Que valham

Os actores, esses loucos,

Já ouço as gargalhadas

O resto não vale nada, tudo é pra esquecer.

Refrão:

Revista! Venham à Revista

A vida não presta

Já ouço a orquestra

Acendam projetores.

 

Que valham

Os atores, esses loucos,

Já ouço as gargalhadas

O resto não vale nada … tudo é pra esquecer



Refrão baixinho

 

Refrão

(com pausa antes de “tudo é pra esquecer”)

Se tu és o meu amor

Introdução (igual refrão 2x)

 

Refrão:

Se tu és o meu amor

Dá-me cá os braços teus

Se não és o meu amor

Vai-te embora, adeus, adeus.

 

Estrofe 1 (igual ao refrão)

Diz ao Sol qu’alumia a gente 

Por onde andará o meu bem 

Terra estranha nunca foi quente Quem me dera estar mais além 

 

Mais além, mais ao pé do monte Onde nasce o rosmaninho 

Tanto padece quem está longe 

Já me cansa de estar sozinho

Refrão

 

Estrofe 2 (igual ao refrão):

A palavra saudade 

E aquele que a inventou 

E a primeira vez que a disse 

Com certeza que chorou

 

Refrão

 

Refrão só vozes

Tentação

Estava eu a estudar

Numa profunda atenção

Ela meteu-se à janela

Lá se foi a concentração

Com os olhos esbugalhados

E as curvas de figura

Cabeça feita em bocados

Que mulher, que loucura.

 

Refrão

 

Vai-te embora, tentação

Quem te fez dessa maneira?

Abençoado serão

Qu’e o teu pai e a tua mãe

Passaram na brincadeira.

Não há homem que resista

Eu sei e fui ter com ela,

Eu estava mais que perdido

Pela dona da janela.

Subi ao terceiro andar

Beijei-a com sofreguidão,

Levei um estalo nas trombas

E cai redondo no chão

Acordai!

Acordai homens que dormis,

a embalar a dor, a embalar a dor

dos silêncios vis,

vinde no clamor das almas viris

arrancar a flor que dorme na raiz!

Acordai!

Acordai raios e tufões

que dormis no ar, que dormis no ar

e nas multidões, 

vinde incendiar de astros e canções,

as pedras e o mar, o mundo e os corações!

Acordai!

Acendei de almas e de sóis

este mar sem cais, este mar sem cais

nem luz de faróis 

e acordai depois das lutas finais

os nossos heróis que dormem nos covais!

Acordai!

1ª parte da música

Andorinha de asa negra, onde vais

Que andas a voar tão alta

Leva-me ao céu contigo, vá

Que eu lá de cima digo adeus ao meu amor

 

Ó Andorinha, da Primavera

Ai quem me dera também voar

Que bom que era, ó Andorinha

Da Primavera também voar.

 

2ª Parte da Música

Adeus dissemos,

E nada mais d’então ficou

De asas quebradas,

Foi a ave branca que voou

Voa lá alto que eu morro, bem sei, sem voltar

Cantem as aves do monte que eu fui ver o mar

 

3ª Parte da Música

Ai, não sei de mim

Ai, não sinto nada

Ai, e nem voltei

Estrofe1

Dorme meu menino, a estrela d’alva Já a procurei e não a vi,

Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será p’ra ti

Outra que eu souber será p’ra ti

Refrão:

Oh, oh, oh, oh, oh, oh

Estrofe2:

Outra que eu souber na noite escura, Sobre o teu sorriso de encantar, Ouvirás cantando nas alturas, Trovas e cantigas de embalar,

Trovas e cantigas de embalar.

Refrão

Estrofe3:

Trovas e cantigas muito belas, Afina a garganta meu cantor, Quando a luz se apaga nas janelas, Perde a estrela d’alva o seu fulgor,

Perde a estrela d’alva o seu fulgor.

Refrão

Estrofe4:

Perde a estrela d’alva pequenina,

Se outra não vier para a render,

Dorme que ainda a noite é uma menina,

Deixa-a vir também adormecer,

Deixa-a vir também adormecer.

Refrão

Oh Oh, Oh Oh, Oh Oh, Oh Oh, Oooooh

Lisboa, terra que me encanta

Terra das cantigas, e dos arraiais

Lisboa, onde tudo canta

Desde as raparigas, até aos pardais

Cidade jardim, que o Tejo azul vem beijar

Uma saudade sem fim de te deixar

Cidade de amor, tudo em ti prende e seduz

Até o céu tem mais cor, e o Sol mais luz

Alegre como um pregão, acordas sempre a cantar

E é linda a canção, do teu despertar

Em graça e esplendor, não tens no mundo rival

Lisboa querida, és a flor, de Portugal

Vais ver ó leitão

No teu exame final

Vais ficar mal, mandrião

Vais ficar mal

Canta ó leitão

Este fado que é o teu

O mastoideu mandrião

O mastoideu

Olha o balão, na noite de São João

Para não andar maçado da pequena me livrei

Ó-i-ó-ai, não sei com quem ela vai, cá para mim estou governado

Com uma outra que eu cá sei

Olha o balão, na noite de São João, Para poder dançar bastante com quem tenho à minha espera 

Ó-i-ó-ai, pedi licença ao meu Pai, e corri com o meu estudante

Que ficou como uma fera

Ó-i-ó-ai, fui comprar um manjerico

Ó-i-ó-ai, vou daqui pró bailarico

E tenho um gaiato aqui dependurado

Que é mesmo o retrato do meu namorado

Tenho uma gaiata aqui dependurada

Que tem mesmo a lata, lá da namorada

Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Vamos lá, nesta marcha a um fulambó

Vem cá minha agulha, tão meiga e tão fina

Pintar os teus lábios de açúcar pilé

Dedal não me enganas, sou esperta e ladina

E mais retorcida, que este croché

Ai chega, chega, chega, chega ó minha agulha

Afasta, afasta, afasta, afasta ó meu dedal

Brejeira, não sejas trafulha

Ó bela vem cozer o avental… (interacção solista e paizinho)

… do amor

Ai chega, chega, chega, chega ó minha agulha

Afasta, afasta, afasta, afasta ó meu dedal

Brejeira, não sejas trafulha, oh não…

És a mais bela fresca agulha em Portugal

Senhoras tão encantadoras

Tanta simpatia venho agradecer

Senhores se tiverem dores

Uma pneumonia, trato-os com prazer

Lisboa já tem agora em mim um doutor

Para além de sábio também sou inventor

Cá estou para os ver para os injectar para os abrir

Para os retalhar e coser sempre a sorrir

A minha satisfação o meu calor e prosápia

Estão nesta minha invenção: alegroterápia

Curar a valer não é pra mim conseguir

E então morrer por morrer que seja a rir

Estrofe 1:

Todas nós temos na vida uma ilusão

mais querida, uma ilusão de amor

Uma esperança mais formosa, um sonho cor de rosa, tão encantador

Também eu vivo a sonhar e vejo-me a

passar, entre a multidão

Quando um dia me casar saíndo com o meu par, cheia de emoção.

Pombas lindas ás centenas vejo a

esvoaçar, pelo azul do céu

Da cor das açucenas e do meu véu

Julgo ás vezes que é verdade e chego a acreditar que o bom Deus me diz

Que o meu sonho é realidade, que eu

vou ser feliz

Refrão:

Tem quantos, encantos,

sonhar castelos no ar,

Dormir e não acordar,

quem dera

Viver no falso ideal

de uma quimera…

Passar o dia a sonhar.

Estrofe 2:

Logo após o casamento eu sonho aquele momento ideal para nós 

Ai que lindos enlaçados, feitos namorados, para longe sós 

Num ambiente de ventura, de paz, de ternura e de solidão 

Entre sombras de arvoredo um beijo dado a medo e imagino então 

Um aroma embriagador da Primavera em flor, embalsa no ar 

Nesse jardim de amor que vejo a sonhar 

E ele o meu apaixonado eu vejo ajoelhado bem junto a mim 

Com o sangue perturbado, numa paixão sem fim.

Refrão

Refrão (subida de tom)

Estrofe1:

Numa casa portuguesa fica bem

Pão e vinho sobre a mesa

Quando à porta humildemente bate alguém

Senta-se à mesa com a gente

Fica bem essa franqueza, fica bem

Que o povo nunca a desmente

A alegria da pobreza

está nesta grande riqueza

De dar e ficar contente

Refrão:

Quatro paredes caiadas

Um cheirinho a alecrim

Um cacho de uvas doiradas

Duas rosas no jardim

Um S. José de Azulejo

Sobre o Sol da Primavera

Uma promessa de beijo

Dois braços à minha espera

É uma Casa Portuguesa com certeza

É com certeza uma Casa Portuguesa

Estrofe2:

No conforto pobrezinho do teu lar

Há fartura de carinho

A cortina da janela e o luar

Mais o Sol que gosta dela

Basta um pouco poucochinho p’ra alegrar

Uma existência singela

É só amor, pão e vinho

E um caldo verde, verdinho

A fumegar na tigela

Refrão

É uma Casa Portuguesa com certeza

É com certeza uma Casa Portuguesa

Estrofe 1: 

Quis saber quem sou 

O que faço aqui 

Quem me abandonou

De quem me esqueci 

Perguntei por mim Quis saber de nós

Mas o mar não me traz tua voz.

Estrofe 2:

Em silêncio, amor

Em tristeza e fim

Eu te sinto, em flor

Eu te sofro, em mim

Eu te lembro, assim

Partir é morrer Cm/G

Como amar

É ganhar

E perder.

Estrofe 3:

Tu vieste em flor

Eu te desfolhei

Tu te deste em amor

Eu nada te dei

Em teu corpo, amor

Eu adormeci

Morri nele

E ao morrer

Renasci.

Estrofe 4:

E depois do amor

E depois de nós

O dizer adeus

O ficarmos sós

Teu lugar a mais

Tua ausência em mim

Tua paz

Que perdi

Minha dor

Que aprendi.

De novo vieste em flor

Te desfolhei…

E depois do amor

E depois de nós

O adeus

O ficarmos sós.

Estrofe1 (só vozes):

Oh Entrudo, oh Entrudo,

Oh Entrudo chocalheiro,

Que não deixas assentar

as mocinhas ao soalheiro.

Eu quero ir para o monte,

eu quero ir para o monte,

Onde não veja ninguém,

que no monte é que eu estou bem.

Instrumental

Estrofe2:

Estas casas são caiadas,

estas casas são caiadas,

Quem seria a caiadeira,

quem seria a caiadeira,

Foi o noivo mais a noiva,

foi o noivo mais noiva,

Com ramos de laranjeira,

quem seria a caiadeira.

Instrumental

Ponte:

Oooooooh!

Estrofe3:

Pelo mar abaixo vai uma panela,

Se ela leva vinho, vamos atrás dela.

Pelo mar abaixo vai um paspalhão,

Com um arado às costas, semeando o pão

Estrofe 1:

Que negra sina ver-me assim,

Que sorte vil, degradante.

Ai, que saudade sinto em mim,

Do meu viver de estudante.

Refrão 1:

Nesse fugaz tempo de amor,

Que dum rapaz é o melhor,

Era o audaz conquistador

Das raparigas.

De capa ao ar, cabeça ao léu,

Só para amar vivia eu…

Sem me ralar,

E tudo mais eram cantigas…

Estrofe 2:

Nenhuma delas me prendeu, 

Deixá-las eu era canja, 

Até ao dia em que apareceu 

Essa traidora de franja.

Refrão 2:

Sempre a tinir, sem um tostão, 

Batina a abrir por um rasgão, 

Botas a rir, um bengalão, 

E ar descarado, 

A vadiar com outros mais 

E a dançar p’los arraiais, 

Para namorar, beber, folgar, 

Cantar o fado

Estrofe 3:

Recordo, agora, com saudade 

Dos calhamaços que eu lia, 

Dos professores da faculdade, 

E da mesa de anatomia.

Refrão 3:

Invoco em mim recordações 

Que não têm fim, 

Dessas lições 

Frente ao jardim do velho Campo de Santana, 

Aulas que eu dava 

E, se eu estudasse, 

Ainda andava nessa classe 

A que eu faltava sete dias por semana.

Estrofe 4:

O fado é toda a minha fé, 

Embala, encanta, inebria, 

Pois chega a ser bonito até 

Na rádio telefonia.

Refrão 4:

Quando é tocado com calor, 

Bem atirado e a rigor, 

É belo o fado, 

Ninguém há quem lhe resista.

É a canção mais popular, 

Tem emoção, 

Faz-nos vibrar… 

E eis a razão 

De ser doutor e ser fadista!

Introdução

Estrofe 1:

Ó senhor Manel

Veja se é capaz

De abrir o tonel, ricócó

Cá para o rapaz

As suas cachopas

Querem nos pendilhos

Fecharam-se em copas, ricócó

Só lhes deram figos

Refrão:

Ó sim, sim dê-nos Janeiradas

Ricócó moças recatadas

Ó sim, sim dê-nos janeiras

Ricócó meninas solteiras

Estrofe 2:

Ó menina Céu

A si nada falta

De perninha ao léu, ricócó

Deixa tonta a malta

E o que está no tacho

Nunca se recusa

Nem o que está debaixo, ricócó

Da sua blusa

Refrão

Interlúdio

Estrofe 3:

Sra. Maria

Saia lá do poiso

Vamos não se ria, ricocó

Que eu quero é coiso

Coiso já se vê

Que tenho quentinho

Riem-se de quê, ricocó

Eu quero é vinho

Refrão

Estrofe 4:

Ó povo em geral

Tenham lá maneiras

Não é Carnaval, ricócó

São só janeiras

Abram os portões

E que fique assente

Que nestas funções, ricócó

Quem manda é a gente

Refrão 2x

Estrofe1:

Lisboa adormeceu, já se acenderam

(Acenderam mil velas nas colinas)

Mil velas nos altares das colinas.

Guitarras, pouco a pouco, emudeceram,

(Emudeceram, cerraram, pequeninas)

Cerraram-se as janelas pequeninas.

Lisboa dorme um sono repousado,

(Lisboa dorme um sono repousado)

Nos braços voluptuosos do seu Tejo,

Cobriu-a a colcha azul do céu estrelado

(E a brisa veio)

E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo.

Refrão:

Lisboa andou de lado em lado,

Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu.

Lisboa ouviu cantar o fado,

Rompia a madrugada,

quando ela adormeceu.

Estrofe2:

Lisboa não parou a noite inteira,

(Noite inteira, boémia, mas bairrista)

Boémia, estouvanada, mas bairrista,

Foi à sardinha assada, lá na feira,

(Lá na feira, e à duma Revista)

E à Segunda sessão duma Revista.

Dali p’ró Bairro Alto enfim galgou,

(Dali p’ró Bairro Alto enfim galgou)

No céu, a lua cheia refulgia,

Ouviu cantar a Amália e então sonhou

(Qu’era a saudade)

Qu’era a saudade, aquela voz que ouvia.

Refrão (x2)

Refrão:

Pst Pst …Olh’ó Zé Povinho

Sai do rebanho d’ovelhas

Tem atenção ao caminho

Não deixes que façam ninho

Atrás das tuas orelhas

Tens de tirar o badalo

Do teu peito dar um grito

E como manda o Bordalo

Fazer com todo um regalo

Um gigantesco manguito

Estrofe 1:

Rosnam alto ditadores

Cantam falsos democratas

Mas tu suportas as dores

Todos os frios e calores

Doenças e burocratas

Podes ser Zé do Telhado

Ou a Maria da Fonte

Revolta de maltratado

Que nunca foi ensinado

Na escola de monte em monte

Refrão

Estrofe 2:

Padeira d’Aljubarrotas

A enfornar castelhanos

Marujo de muitas rotas

A costurar velas rotas

E a conquistar Oceanos

Deixam-te ser Estivador

Com força domesticada

Chamam-te caro eleitor

Mas depois de tu ires pôr

Ficas na curva da estrada

Refrão

Refrão só vozes

Fadista:

E como manda o bordalo

Fazer com todo o regalo

Um gigantesco manguito

Instrumental

Estrofe 1:

Na minha terra há uma feira semanal,

E toda a gente lá vai vender e comprar,

Eu vendo fruta e aí é que está o mal

Pois toda a gente me a quer vir apalpar

Eu vendo fruta e aí é que está o mal

Pois toda a gente me a quer vir apalpar

Ai os tomates

Refrão:

Não me apalpem os tomates

Senão ficam marmelados

Se mexerem na cenoura,

no pepino ou na banana

Tem de ser com mil cuidados.

Ai os tomates.

Estrofe 2:

Há uma menina que lá vai sempre comprar

Ela trabalha lá em casa dos patrões,

À desgarrada apalpa-me a fruta toda,

Um dia destes ainda lhe apalpo os limões.

À desgarrada apalpa-me a fruta toda,

Um dia destes ainda lhe apalpo os limões.

Refrão

Refrões público

Último Refrão:

Não me apalpem os tomates

Senão ficam marmelados

Se mexerem na cenoura,

no pepino ou na banana

Tem de ser com mil cuidados.

Estrofe 1:

Lá na aldeia donde sou

Não perdoam às raparigas

Se uma o olho me piscou 

Mete-me logo em intrigas

Dou-lhe 2 ou 3 beijinhos

E vai de bater o pé

Eu não quero mexericos

E assim mesmo é que é

Eu não quero mexericos 

E assim mesmo é que é

Refrão:

Ai rapariga

Se fores à fonte

Vai p’lo carreiro

Que chegas lá mais depressa

Ai tem cuidado

Com os rapazes

Doidos por ti

Vê lá se algum tropeça

Estrofe 2:

No outro dia a Rosita 

Que é baixinha e intrigueira 

Foi ao baile com o António 

Andaram na brincadeira 

E agora já namoram 

E é tão bom de ver, ai é 

Qualquer dia hão-de casar 

E assim mesmo é que é

Qualquer dia hão-de casar 

E assim mesmo é que é

Refrão

Estrofe 3:

Esta vida são dois dias 

Diz o povo e tem razão 

E se é assim tão pouco tempo

Vou gozá-lo até mais não 

E se encontro a minha amada Sorridente cheia de fé 

Vou levá-la ao altar 

E assim mesmo é que é

Vou levá-la ao altar 

E assim mesmo é que é

Refrão

Refrão só vozes

Final:

Ai rapariga, rapariga

Rapariga, rapariga

Ai rapariga, rapariga

Tem cuidado 

Ai rapariga, rapariga

Rapariga, rapariga

Ai rapariga 

E assim mesmo é que é

Estrofe Solista:

Quando o pano sobe

E o espectáculo começa

Lembro-me de ti, Ivone!

Éramos artistas,

Fazíamos revista,

Num teatro qualquer,

E era noite no Parque Mayer

E era noite no Parque Mayer

Apagavam-se as luzes

Vazio o coração

Lembras-te Ivone, da nossa canção?

Refrão Solista:

Revista! Venham à Revista

Quero rir quero ver,

dêem-me todo o palco

Eu quero arder

Que valham

Os actores, esses loucos,

Já ouço as gargalhadas

O resto não vale nada, tudo é pra

esquecer

Refrão:

Revista! Venham à Revista

A vida não presta

Já ouço a orquestra

Acendam projectores

Que valham

Os actores, esses loucos,

Já ouço as gargalhadas

O resto não vale nada … tudo é pra

Esquecer

Refrão baixinho

Refrão com pausa antes de “tudo é pra esquecer”

Introdução (igual refrão 2x)

Refrão:

Se tu és o meu amor

Dá-me cá os braços teus

Se não és o meu amor

Vai-te embora, adeus, adeus.

Estrofe 1 (igual ao refrão)

Diz ao Sol qu’alumia a gente 

Por onde andará o meu bem 

Terra estranha nunca foi quente Quem me dera estar mais além 

Mais além, mais ao pé do monte Onde nasce o rosmaninho 

Tanto padece quem está longe 

Já me cansa de estar sozinho

Refrão

Estrofe 2 (igual ao refrão):

A palavra saudade 

E aquele que a inventou 

E a primeira vez que a disse 

Com certeza que chorou

Refrão

Refrão só vozes

Estrofe

Estava eu a estudar

Numa profunda atenção

Ela meteu-se à janela

Lá se foi a concentração

 

Com os olhos esbugalhados

E as curvas de figura

Cabeça feita em bocados

Que mulher, que loucura.

 

Refrão

Vai-te embora, tentação

Quem te fez dessa maneira?

Abençoado serão

Qu’e o teu pai e a tua mãe

Passaram na brincadeira.

 

Estrofe

Não há homem que resista

Eu sei e fui ter com ela,

Eu estava mais que perdido

Pela dona da janela.

 

Subi ao terceiro andar

Beijei-a com sofreguidão,

Levei um estalo nas trombas

E cai redondo no chão

 

Refrão (x2)

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